segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Capítulo dezenove

Uaaaaaah!
Que preguicinha... Que corpinho mais dolorido... Aquela trombada no carro não me fez bem!
- Cãozinho, vim trazer sua comida e sua água!
- Oi, Laine! Que bom que trouxe! Já estava com fome e sede! Cadê o Padre Jota? É assim que se chama o senhor baixinho, né?
- Fique aí quietinho, tudo bem? Tenho que terminar de limpar a igreja.
- Ei, Laine! Volte aqui! Não me respondeu... poxa vida!
Acho que vou dar uma volta pela praça, ver o que tem de bom!
Nossa, que paradeiro! Cadê todo mundo?
Argh! Vi o que não queria ver! Um felino por aqui!
Vou espantá-lo pois não é bem vindo!
- Au,au, au! Grrrrr! Saia logo daqui!
- Miau!Fshhh! Você não manda aqui!
BASH! GRRRRR! BOW! FSHHH!AUAUAU!
- Cãozinho! O que está aprontando?
- Ah, Laine! Esse gato folgado... tive que dar um jeito, ele não queria sair daqui!
- Passe para cá agora e deixe de confusão!
- Tá bom, mamãe. Não faço isso mais. Vou ficar aqui deitado no tapete até chegar a hora de voltarmos para casa.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Capítulo dezoito

- Pronto, cãozinho! Já chegamos!
- Ufa! Graças a Deus! Já não estava aguentando mais de dor!
- Deite-se e fique quieto!
- Tá bom, mamãe! Parece que ficou chateada comigo... Não tive culpa! Me distrai e aconteceu!
Olha! O senhor baixinho! Quanta felicidade! Fazia tempo que não o via...
- Padre Jota, acredita que o cãozinho foi atropelado?
- Ah, Laine! Como isso aconteceu?
- Eu atravessei a rua. Ele foi atravessar também e se distraiu. O carro acabou atingindo-o.
- Meu Deus! Será que ele teve alguma fratura interna?
- Espero que não! Já tenho muito carinho por ele! Se ele partir ficarei muito triste...
- Pois é! Eu quem cuido menos iria sentir falta imagina você, Laine.
- Gente, gente! Pára tudo! Quem foi que disse que vou embora? Vou ficar por aqui por um bom tempo, se Deus quiser!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Capítulo dezessete

- Laine, cadê a Leka? Eu não a vi hoje...
- Eita, cãozinho! Não é possível que veio atrás de mim...
- Mas é claro, Laine! Nunca vou te deixar!
- Venha com cuidado, tá bom? Agora pela manhã, todos estão indo trabalhar e é bastante movimentado!
- Tá bom, mamãe! Posso te chamar assim?
- Puxa, como está quente! Quando chegar na Igreja vou colocar uma bacia grande de água para você!
Muito legal esta avenida. Estes coqueiros são enormes. Naquela praça fica algum aumiguinho?
- Cãozinho, vamos atravessar a rua. Muita atenção porque aqui é perigoso.
- Ah, Laine! Que bobagem não vai acontecer nada!
VROOM! HONK! FOM! FOM!
CAIM! CAIM! CAIM!
- Ai, meu Deus! Cãozinho! Te atropelaram! Aneim... bem que eu disse! Tá machucado!
- Calma, Laine! Foi só uma trombada! Nem sangrou, olha!
- Coitadinho! Consegue andar?
- Sim, mas está doendo! 
- Já estamos chegando aí cuido de você direitinho!
- Ainda bem! Vou deitar no tapete e ficar lá quietinho até melhorar...

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Capítulo dezesseis

Amanheceu...
Acordei assustado pois me esqueci que havia dormido, pela primeira vez, no passeio da casa da Laine.
Eu me espreguiçei  e fiquei ouvindo o canto dos pássaros enquanto a aguardava.
- Olá, cãozinho! Venha se alimentar!
- Já vou, Laine! Cadê todo mundo? A Leka... O Júnior...
- Salsichão!
- Júnior! Aonde vai com esta mochila?
- Comporte-se viu, Salsichão?
- Ei, volte aqui! Você não me respondeu, Júnior!
- Cãozinho, beba sua água! Daqui a pouco já vou descer para o trabalho!
- Tá bom, Laine! Aonde o Júnior foi com aquela mochila nas costas? Você deixa ele sair sozinho?
- Fique aí quietinho que vou para dentro me arrumar.
- Ei, Laine! Eu te perguntei e não me respondeu...O que está acontecendo? Não me entende?
Poxa vida! Eles parecem não me ouvir. Será o por quê?
Bom, vou ficar e esperar a Laine...
- Cãozinho, já vou trabalhar! Você vai ficar aí né? Deixei seu cobertorzinho, sua comida e sua água aí.
- Não, Laine! Eu vou com você! Espere por mim!